Júpiter representa nosso Dharma em nosso Risco do Bordado e que Saturno representa nosso Karma e nosso Samskara.




SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 15


JÚPITER E SEUS CICLOS, 
NA ASTROLOGIA

Júpiter e Saturno

Dharma e Karma


janine milward



Dharma é nossa Essência Essencial, a energia que trazemos conosco através zilhões de encarnações e que nos motiva em nossas ações a partir do cerne de nós mesmos que subjaz no âmago de nossa Alma. 

Karma é Ação. Toda ação tem uma reação em potencial e isso se chama Samskara.  Karma tanto pode ser positivo, através ações positivas e acolhendo reações também positivas; ou pode ser negativo, através ações negativas e acolhendo reações também negativas.  Sendo assim, Karmas e Samskaras vão perpassando através zilhões de encarnações e sempre o Risco do Bordado desenhado pela Alma é estruturado em seu Desejo de Realização de Encarnação e de vivências e resgates e exaurimentos principalmente dos Karmas e dos Samskaras negativos porém também acolhendo Karmas e Samskaras positivos, é claro.

Não podemos dizer que Júpiter seja nosso Dharma e nem que Saturno seja nosso Karma e nosso Samskara.  Porém podemos dizer, com toda a certeza em termos de Astrologia da Alma e do Autoconhecimento, que Júpiter representa nosso Dharma em nosso Risco do Bordado e que Saturno representa nosso Karma e nosso Samskara.

Portanto, podemos pensar que nosso Dharma vem sendo trabalhado por nossa Alma ao longo de suas zilhões de encarnações – trabalhado no sentido de cada vez mais sendo purificado e voltado para o Bem -; e podemos pensar que nosso Karma e nosso Samskara vêm sendo trabalhados por nossa alma ao longo de suas zilhões de encarnações – trabalhados no sentido de cada vez mais buscando seus exaurimentos em termos de ações e reações negativas e vivenciados a partir de ações e reações positivas.

Quer dizer, Dharma e Karma estão todo o tempo trabalhando em conjunto, digamos assim, um sempre tentando ajudar o outro.  Ou seja, quando a Alma consegue alcançar um patamar de maior conscientização do Ego acerca suas ações sempre serem voltadas para atuar Karmas positivos para recolher Samskaras positivos, é certo que o Dharma está também sendo vivenciado de maneira mais e mais purificada.

A meta da vida humana é fusionar-se à Suprema Consciência, a Deus, ao Tao da Criação.  Para tanto, é preciso que encarnemos em Planeta de plenitude de materialização – assim como a Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação. 

Ao realizarmos nossos Trabalhos, nossas missões de vida, vamos ao mesmo tempo realizando a conjunção entre Dharma e amplitude de consciência para a realização de Karmas e Samskaras positivos e assim alcançando, em dado momento, a Iluminação, a Mente iluminada e infitizada, após zilhões de encarnações. 

No entanto, para que seja possível alcançar a Liberação ou Imortalidade, é preciso que a mente Iluminada vá vivenciando seu Dharma conscientizado de tal maneira que não mais vá criando Karmas e Samskaras negativos, até que alcance a plena exaustão, o pleno exaurimento de todos, todos, todos, Karmas e Samskaras negativos e assim possa a Mente Iluminada transmutar o corpo físico em Corpo de Luz e assim realizar a Liberação ou Imortalidade ou Co-Regência junto ao Tao da Criação, após zilhões de encarnações.


Duas Palavrinhas sobre Júpiter:

Regente de Sagitário, signo de Fogo, Mutável e Yang. 
Júpiter e Sagitário são correlatos e naturais à Casa Nove.

Júpiter nos revela a forma ideal de podemos nos conscientizar de nosso Dharma, nossa essência, nossa maneira de lidar com a vida como um todo, nosso Trabalho de Espiritualidade e de Iluminação.

Sempre os lugares onde encontramos Júpiter - moradia natal ou lugar em trânsito - são abençoados no sentido de que ali encontramos nossa possibilidade de vivenciarmos nosso Dharma, nossa real essência, nossa maneira natural de agirmos e conduzirmos nosso livre-arbítrio. 

Os Retornos de Júpiter acontecem a cada doze anos e sempre nos apontam as questões mais importante a respeito de nosso Dharma, a serem realizadas nesses períodos de 12 anos. São os nossos direitos de encarnação.

Sempre que estivermos diante de um transito de Júpiter, veremos que esse Arquétipo tem a intenção de ir expansionando a área, o Cenário, a Casa por onde está passeando e ao mesmo tempo, trazendo essa mesma realidade aos demais Arquétipos - Luminares ou Planetas ou Planetóides ou Asteróides ou Pontos -, com os quais vai se encontrando!

Sendo assim, um Trânsito de Júpiter por sobre o Sol natal pode representar um tempo de expansão de consciência, expansão de luz pessoal, expansão da realidade maior da pessoa, dentro da Casa e do signo onde essa Conjunção estiver acontecendo.

Ao mesmo tempo, um Trânsito de Júpiter por sobre Plutão, por exemplo, ou por sobre Urano, ou Saturno..., pode representar um tempo de expansão de consciência, sim, porém, essa expansão de consciência é adquirida a partir das motivações arquetípicas que serão expansionadas, de acordo com cada Planeta e sua simbologia essencial e natural.

Trocando em miúdos, Plutão é metamorfoseador e regenerador...  um Trânsito de Júpiter em Conjunção a Plutão pode ampliar esse sentido de metamorfose e de regeneração na vida da pessoa, lhe trazendo profundas mudanças dentro da Casa e do signo e dos Aspectos que esse Plutão contém dentro de seu posicionamento no Risco do Bordado, dentro do mapa natal!

Também Plutão é o dono do Poder e do Conhecimento - nem sempre revelados, em ambos os sentidos.  Júpiter poderá vir ao encontro dessa Conjunção com Plutão com tal força..., que tenderá a trazer à tona, a revelar, o Poder e o Conhecimento que jaziam ocultos!

Urano é o Despertador, aquele que vem nos ajudar em nossa  ampliação de consciência, é o corte guilhotinal e inesperado, é a visão do futuro, é a Alma se voltando para atuar em sua Locomotiva de seu Trem da Vida, ou seja, voltada para o futuro dessa mesma encarnação e para suas próximas encarnações.

Quando Júpiter, em Transito de Conjunção, por exemplo, passa por Urano..., certamente trará à tona, todas essas questões, expandirá esses temas dentro de nossa vida, sem dúvida alguma.

Saturno é o Senhor do Umbral, aquele que nos faz concretizar nossa vida dentro do Planeta Terra de forma a bem resgatamos e vivenciarmos nossos Karmas e Samskaras acumulados - ações e reações em potencial - seja de vidas passadas ou seja já dessa vida...

Ao ser beijado em Conjunção, pelo Transito de Júpiter, é bem possível que o deus dos deuses ajude ao senhor do umbral a descarregar seus ombros de tanto peso kármico... liberando uma boa quantidade de Karmas...  Porém, é também possível que essa Conjunção venha a impor, expansivamente, ao senhor do umbral, que se conscientize mais intensamente e que sinta mais concretamente, o peso kármico, em sua vida!

Porém, o importante é que se veja que esta ampliação, que esta expansão, dependendo do Arquétipo à qual está sendo aplicada, poderá trazer à pessoa questões mais afortunadas ou menos afortunadas - isso é bem verdade!

Portanto: Júpiter é o deus dos deuses, benfeitor e justiceiro, sim, isso é certo, mas nem sempre nosso Ego consegue compreender sobre suas benfeitorias e sobre suas justiças sendo implementadas ao longo do seu caminho em nosso Risco do Bordado!  Nem sempre nosso Ego consegue entender questões ou eventos mais infaustos em nossa vida como sendo de justiça e de benfeitoria!  Mas esse não é o caso da Alma: a alma sempre consegue entender tudo; é claro, é a Alma quem teceu o Risco do nosso Bordado!



Duas Palavrinhas sobre Saturno

Regente de Capricórnio, signo de Terra, Cardinal e Yin.  Saturno e Capricórnio são correlatos e naturais ao Meio do Céu e à Casa Dez


Saturno nos revela o nosso Caminho de Encarnação, nosso(s) Trabalho(s) a serem realizados dentro da encarnação nesta Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação. Assim, Saturno nos revela nosso(s) Karma(s) que devemos vivenciar nesta vida. Karma é ação e sua potencial reação, Samskara.

Os Retornos de Saturno acontecem a cada 29 anos e nos apontam as questões mais intricadas e elaboradas a serem realizadas em nossa vida dentro desses períodos – sempre em sobreposição ao mapa natal. São os nossos deveres de encarnação.

Sempre os lugares onde encontramos Saturno - moradia natal ou lugar em trânsito - são pontos fundamentais a serem concretizados em nossa vida no sentido de que ali encontramos nossa possibilidade de vivenciarmos nossos Karmas e nossos Samskaras - ações e reações em potencial - que trazemos acumuladamente, seja de vidas passadas sintetizadas para serem resgatadas nessa vida de hoje, seja em nossa vida atual.  É sempre através de Saturno natal e de Saturno em trânsito que encontramos os lugares onde temos que concretizar nossa vida dentro do Planeta Terra e realizarmos nossas missões de vida. 


Vimos que em Júpiter, benfeitor e justiceiro, regente de Sagitário e natural da Casa Nove, sempre se leva em conta o fato de que estamos falando do Elemento Fogo, da Expansão, e certamente da mutabilidade dos eventos e situações em função do fato de que Júpiter, Sagitário e a Casa Nove finalizam toda uma parte de vida mais pessoal, de identidade pessoal e de vida social para podermos adentrar, já a partir do Meio do Céu e da Casa Dez, nossa vida coletiva e planetária, realmente.  Sendo assim, júpiter vai expandindo as Casas e os Arquétipos que vai encontrando, em seu ciclo de doze anos.

Quando falamos de Saturno, porém, teremos que levar em consideração que este Arquétipo vai estar diretamente nos levando a mensagem oposta daquilo que vimos em júpiter!  Ou seja, se júpiter expande - quase que ilimitadamente -, Saturno, ao contrário, retrai, contrai - traz limites bem claros.

Em júpiter, em Sagitário e em Casa Nove, veremos que o Céu é o limite.  Porém, tudo isso é certo, dentro da expansão ilimitada do Pensamento, da Mente, da Justiça dos homens e dos deuses, da Expressão de Comunicação e Troca, do avanço do Conhecimento, da amplitude da Movimentação e da Locomoção.

Em Saturno, em Capricórnio e em Casa Dez - e no Meio do Céu -, veremos que o limite já está instalado, sim, e esse limite nos é ditado pelo próprio Planeta Terra, pela Terra, nossa Mãe-Gaia.  Certamente, veremos que em Urano e em Aquário e em Casa Onze é possível que extrapolemos os limites de nossa Mãe-Gaia, que venhamos habitar, um dia no futuro, outros lugares além de nosso Planeta.  Mas, para que possamos isso fazer, certamente estaremos precisando de que tudo aquilo que é necessário para esse empreendimento seja bem estruturado, aqui, na Terra, ou seja, dentro da Casa Dez, de Capricórnio e de Saturno, sem dúvida alguma.

É por isso que denominamos Saturno de Senhor do Umbral.  Ele nos traz esse limite!  Esse limite não é somente imposto pelo fato de que o Planeta Saturno, dentro do céu objetivo da astronomia, é o último planeta por nós visto a olho nú, com vista desarmada, sem instrumentos.  É verdade sim, que de Plutão ao Sol, é sempre Saturno o último Planeta a ser visto a olho nú; e da mesma forma, do Sol até Plutão: por isso ele é chamado de Senhor do Umbral.

Mas o Senhor do Umbral possui outros ditames, em si mesmo: ele nos diz claramente que a Terra é um Planeta de Trabalho e de Iluminação e que é aqui, dentro de nossa encarnação propriamente dita, dentro do nosso corpo físico onde nos encontramos com nossa Alma aliada ao nosso Ego, que podemos realmente, dentro da materialização plena, exercermos nosso Trabalho e nossa Iluminação e mais, nossa Liberação ou Imortalidade.  É aqui, na Terra, que vamos resgatando e vivenciando nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - e vamos cultivando nosso Dharma e conseqüente livre-arbítrio, até que finalmente, após um número imenso de encarnações, possamos nos tornar aquilo que conhecemos como Semente que não nasce de novo, ou Semente Queimada, ou seja, um Bodhisattva, um ser que não mais tem Karmas nem Samskaras negativos a serem resgatados e vivenciados e finalizados!

(Dizem os monges da Ananda Marga que um dia Yogananda, grande mestre espiritual, já desencarnada no tempo em que essa história aconteceu, teria vindo conversar com o grande mestre espiritual Baba, Srii Srii Anandamurti, encarnado no momento desse fato, que este último - já Liberado - pudesse lhe trazer, a Yogananda, sua Liberação, desde que esse mestre fez sua passagem sem ter sido Liberado, apenas Iluminado.  Dizem os monges da Ananda Marga que Srii Srii Anandamurti teve que recusar esse pedido feito por Yogananda. E por que?  Porque era preciso que Yogananda renascesse, voltasse novamente ao Planeta Terra, materializasse novamente, para somente então, trilhar seu Caminho da Liberação.  Isso é Saturno, isso é Meio do Céu em Capricórnio, isso é Casa Dez.  Essa é a grande concretização, a concretização maior que um ser de expansão de mente, o ser humano, pode vir a conseguir aqui, em nossa Mãe-Gaia, Planeta de plenitude de materialização.)


Então, Saturno vem nos apresentar, dentro do seu posicionamento em nosso Risco do Bordado, nosso lugar de maior atenção e concentração em relação ao conjunto de Karmas e Samskaras a serem vivenciados e resgatados em nossa vida, hoje, trazidos de nosso passado.  E ao longo de seu Trânsito através nossas Doze Casas Astrológicas, Saturno vai nos relembrando, concretamente, se estamos cumprindo com nossas missões dentro daqueles Cenários que acolhem aqueles Arquétipos e que não nos esqueçamos, um minuto sequer, que o tempo passa e anda sempre para frente...  é por isso que Saturno também é o senhor do tempo.  Saturno quer que cumpramos nossas missões de encarnação, para que não percamos tempo, para que ganhemos essa encarnação, para que ajamos com seriedade e com compromisso em relação ao nosso Risco do Bordado e suas metas a serem bem realizadas, nessa vida.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti 



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